(Texto de Martha Medeiros)
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
È um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais que dizer um simples obrigado
Diante de uma gentileza.
È a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
È uma elegância desobrigada.
È possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
È possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigirem a frentistas, por exemplo.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
È possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é
Quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não.
Oferecer flores é sempre elegante.
È elegante não ficar espaçoso demais.
È Elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer.Porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.
È Elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
È muito elegante não falar em dinheiro em bate-papos informais.
È elegante retribuir carinho e solidariedade.
È elegante o silêncio diante de uma rejeição.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
È Elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar é muito elegante.
Sorrir,
Sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma.
Oferecer ajuda
É muito elegante.
Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Colaboração: Leonice Jorge
sexta-feira, 27 de junho de 2008
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