quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

GESTÃO DO FÓSFORO

Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu

procurar um hotel ou uma pousada para descansar.

Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome: Hotel Venetia.

Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave.

Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente:

"-Bem-vindo ao Venetia!"

Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava

confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os

procedimentos: tudo muito rápido e prático.

No quarto, uma discreta opulência; uma cama, impecavelmente limpa, uma

lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre

a lareira, para ser riscado. Era demais!

Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a

pensar que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar (a moça da

recepção fizera o pedido no momento do registro).

A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado,

naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para quarto.

Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira. Qual não foi a

sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo

fogo crepitante na lareira.

A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta

sobre cada um..

Que noite agradável aquela!

Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo

do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira

ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto

um cartão que dizia: "Sua marca predileta de café. Bom apetite!" Era

mesmo!

Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no

jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café.

Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um

jornal. "Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinharam?"

Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia

perguntado qual jornal ele preferia. O cliente deixou o hotel

encantando.

Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que

esse hotel fizera mesmo de especial?

Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e

um jornal.

Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje.

Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto,

o cliente está cada vez mais insatisfeito mais desconfiado.

Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as

embalagens, mas esquecemos-nos das pessoas. O valor das pequenas

coisas conta, e muito.

A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele

perceba que é um parceiro importante!!!

Contribuição de Leonice Jorge

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